Cross docking e dropshipping são modelos de logística de entrega que possibilitam a venda sem estoque.
Os dois permitem que um lojista divulgue e venda mercadorias sem precisar montar um armazém. Como se não bastasse essa facilidade, os produtos divulgados são mantidos pelo fornecedor e comprados apenas sob demanda.
Em outras palavras, o lojista, ao fazer uma venda, aciona o fornecedor, que irá separar e enviar o produto. Só então faz o pagamento pelo item.
Em vez de precisar comprar as mercadorias previamente e montar um estoque, o vendedor paga pelos produtos conforme os pedidos dos clientes chegam até a sua loja. Isso reduz o desperdício e diminui o valor inicial necessário para começar uma empresa.
É exatamente por esses motivos que o cross docking e o dropshipping são opções cada vez mais comuns no comércio virtual. Contudo, eles não significam a mesma coisa e é sobre essa diferença que vamos falar ao longo do artigo. Acompanhe!
- Cross docking e dropshipping: entenda o que são
- Diferença entre cross docking e dropshipping
- Vale a pena trabalhar com cross docking ou dropshipping?
- Cross docking ou dropshipping: afinal, qual escolher?
- Conclusão
Cross docking e dropshipping: entenda o que são
Naturalmente, antes de enfrentarmos o desafio de apontar quais são as diferenças entre cross docking e dropshipping, vamos apresentar o conceito por trás de cada uma dessas palavras.
O que é cross docking?
Cross docking é uma estratégia de logística para e-commerce que usa o sistema de distribuição sem estocagem prévia de mercadoria, mas com estocagem momentânea.
Isso significa que a loja virtual realiza a venda sem precisar ter um estoque do produto.
Assim como falamos na introdução, o pedido é enviado ao fornecedor que realiza o envio da mercadoria para o armazém do e-commerce. O item então é embalado e enviado ao cliente final.
Essa é a razão para o uso do termo estocagem momentânea. O produto fica um curto período de tempo no armazém até chegar ao comprador.
Ao compararmos o cross docking com o modelo tradicional de estocagem, há uma redução do tempo em que a mercadoria fica parada no armazém. Essa característica permite que o lojista organize a sua operação em espaço físico reduzido, o que também tende a gerar economia.
O que é dropshipping?
O dropshipping também é uma estratégia de logística para e-commerce, mas que usa um sistema de distribuição sem estocagem prévia ou momentânea.
Ou seja, o vendedor não tem nenhum tipo de contato físico com o produto vendido. Na prática, o item não passa por suas mãos.
O fornecedor, quando acionado sobre uma compra, envia o volume diretamente para o cliente final. É também ele quem realiza a embalagem e a postagem.
No dropshipping, o empreendedor que gerencia o e-commerce tem como foco a divulgação e venda da mercadoria. Todavia, a logística de entrega é de responsabilidade do fornecedor.
Nesse caso, o e-commerce funciona como um tipo de intermediário entre o fornecedor e o consumidor final e não é necessário gerenciar estoque físico nem operações de logística. Por isso, recomendamos que use uma ferramenta gratuita para localizar bons fornecedores de dropshipping.
Esse modelo oferece ao empreendedor a possibilidade de se concentrar na melhoria de processos relacionados à atração e retenção de clientes, além de facilitar o acesso a benefícios como a redução de custos operacionais variados e relacionados à necessidade de espaço físico e mão de obra.
Leia também: O que é fulfillment e como usar no e-commerce.
Pensando além da logística
Geralmente, uma operação de dropshipping oferece ao lojista maiores chances de escalar seu negócio, afinal, a logística não é um grande desafio.
Entretanto, caso o cliente final viva alguma experiência de compra negativa com o processo de recebimento do produto, ele irá recorrer ao e-commerce em que fez a compra.
Logo, é indispensável que haja canais de atendimento e políticas de troca e devolução muito claras, tanto entre a loja e os compradores, como entre a loja e o fornecedor.
Ou seja, não é porque a logística de entrega não é parte do trabalho de um lojista de dropshipping que ele não precisará se preocupar com a experiência do cliente.
Na verdade, torna- se ainda mais importante investir em customer success, para acompanhar o nível de satisfação dos clientes e avaliar a qualidade dos fornecedores com os quais está trabalhando.
Leia também: Como aplicar o customer centricity no seu negócio e conquistar melhores resultados?
Diferença entre cross docking e dropshipping
A grande diferença entre cross docking e dropshipping está no fato de que no cross docking existe um armazenamento momentâneo de mercadorias feito pelo dono da loja virtual e no dropshipping não.
Ou seja, no dropshipping, o fornecedor é o responsável por todas as etapas da logística de entrega do produto ao cliente final. Enquanto que o vendedor que gerencia o e-commerce não tem nenhuma ligação com a mercadoria.
Já no cross docking, o fornecedor não envia o produto para o comprador. A mercadoria é mandada para um armazém do vendedor e o produto, então, é separado, embalado e enviado ao cliente final.
Contudo, a partir do momento em que está no armazém, o artigo passa a ser responsabilidade do dono do e-commerce.
Leia também: Catálogo de produtos: como criar o seu e deixá-lo mais atrativo.
Vale a pena trabalhar com cross docking ou dropshipping?
Se o que você está buscando é uma forma de começar um negócio virtual com menos gastos, sim, vale a pena trabalhar com cross docking ou dropshipping.
Mesmo com suas diferenças, ambos oferecem uma importante lista de benefícios que devem ser considerados por quem está iniciando um negócio ou deseja mudar a estratégia comercial.
Entre as vantagens de optar por um sistema cross docking ou dropshipping estão:
- Menos custos para iniciar
- Mais economia
- Maior variedade de produtos
- Maior facilidade para atuar no mercado
Menos custos para iniciar
Ao optar pelo cross docking ou pelo dropshipping, há uma diminuição do capital necessário para iniciar um negócio on-line. Isso porque o estoque é um dos grandes gastos na criação de uma loja virtual ou física e, nesses modelos de atuação, é possível trabalhar sem nenhum estoque ou com uma pequena quantidade de itens estocados.
Mais economia
De modo geral, tanto o cross docking quanto o dropshipping possibilitam uma redução de custos operacionais do negócio, pois as operações acontecem em espaços físicos reduzidos, com ou sem armazém momentâneos, e as mercadorias não ficam em poder do lojista ou ficam por muito pouco tempo.
Maior variedade de produtos
Os dois métodos possibilitam trabalhar com um portfólio mais amplo de produtos, afinal, não será necessário investir na compra prévia desses itens. E isso, consequentemente, amplia a capacidade de escalar o negócio, mesmo com recursos reduzidos.
Maior facilidade para atuar no mercado
Esses modelos de logística também promovem uma facilidade muito maior para quem quer seguir atuando no varejo, pois em ambos os casos há menor exigência de fluxo de caixa e capital de giro.
Cross docking ou dropshipping: afinal, qual escolher?
Na comparação entre cross docking e dropshipping, o primeiro oferece um maior controle sobre a qualidade do produto que será entregue ao cliente.
Ao realizar o armazenamento momentâneo, embalagem e envio da mercadoria, é possível garantir a qualidade do que está sendo despachado.
No dropshipping, por sua vez, o lojista está muito longe do produto, o que reduz essa capacidade de gestão. Por outro lado, é um sistema de distribuição ainda mais barato do que o cross docking, porque não exige a necessidade de um armazém, de ferramentas que operam essa logística, nem da contratação de profissionais para atuar nos processos relacionados.
Por isso, você deve entender muito bem o seu negócio, sua persona e o seu nicho de atuação e levar todos os prós e contras em consideração na hora de fazer sua escolha.
Conclusão
Agora é hora de colocar na balança tudo o que falamos ao longo deste artigo e fazer a sua escolha sobre a realização da logística da sua loja virtual.
E já que falamos muito sobre a importância do cuidado com a experiência do seu cliente, independentemente do modelo escolhido para a logística de entrega, indicamos que você saiba mais sobre o assunto com o e-book gratuito: Experiência do cliente na prática: eu preciso de um sistema de recomendação?
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